
<p>A<a href="https://deolhonomercado.rpc.com.br/especiais/2024-06-05-mulheres-no-cooperativismo/"> presença das mulheres no cooperativismo</a> é cada vez mais significativa no agro paranaense, com destaque para as <a href="https://deolhonomercado.rpc.com.br/especiais/2024-06-10-de-maos-dadas-familias-preparam-novas-geracoes/">sucessões familiares</a>. Ao assumir uma propriedade rural, muitas encontram nas cooperativas o suporte necessário para crescimento e desenvolvimento &#8211; delas mesmas e do negócio.</p>



<p>Cooperada da Coamo e à frente de parte das terras da família em Luiziana, na região de Campo Mourão, Márcia Ferri assumiu a propriedade dez anos após o falecimento dos pais. Formada em Psicologia, ela deixou o trabalho na área para administrar sozinha a produção de trigo, milho e soja. Sempre com a assistência da cooperativa, da orientação técnica ao suporte administrativo.</p>



<p>Ela conta que seu plano inicial era de três anos. &#8220;Se desse errado, eu ia arrendar. Graças a Deus tá dando certo, já são sete anos&#8221;, comemora.</p>



<div class="wp-block-media-text alignwide is-stacked-on-mobile" style="grid-template-columns:25% auto"><figure class="wp-block-media-text__media"><img decoding="async" loading="lazy" width="400" height="400" src="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/07/Imagens-De-Olho-Entrevistados-5.png" alt="" class="wp-image-103897 size-full" srcset="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/07/Imagens-De-Olho-Entrevistados-5.png 400w, https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/07/Imagens-De-Olho-Entrevistados-5-300x300.png 300w, https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/07/Imagens-De-Olho-Entrevistados-5-150x150.png 150w" sizes="(max-width: 400px) 100vw, 400px" /></figure><div class="wp-block-media-text__content">
<p><strong>&#8220;Eu até era desse mundo, andava com a minha mãe, mas eu não tinha conhecimento da parte técnica. O que me ajudou muito foi exatamente a cooperativa.</strong> <strong>Ela me deu a coragem de fazer uma coisa tão diferente, mas com estrutura&#8221;.</strong></p>
</div></div>



<h2 class="wp-block-heading">Cooperativismo de berço</h2>



<p>Elemento transformador nessa trajetória, o cooperativismo foi a aposta de Márcia para se capacitar, mas a relação dela com o modelo vem de berço. Filha de um dos 79 fundadores da Coamo, ela acredita que a confiança na cooperativa foi fundamental para encarar a nova empreitada.</p>



<p>&#8220;Sempre é difícil, né? Por isso, é importante ter gente que você confia para perguntar, tirar dúvida. E a parte boa de eu ter vindo da psicologia é que eu não tinha vergonha de perguntar nada. E nós, mulheres, também temos isso. Nós não temos vergonha de dizer &#8216;olha, eu não sei isso, eu vou perguntar até entender'&#8221;, complementa.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Sucessão capacitada</h2>



<p>Lígia Jung, cooperada da Integrada Agroindustrial desde 2016, e produtora de Floresta, na região de Maringá, compartilha uma história marcada pelo envolvimento familiar com o cooperativismo. Avô, pai, tio, todos eram ativos na cooperativa. &#8220;Só que era aquele negócio, quem seguia no agro era o filho. Mulher era criada daquele jeito, &#8216;vai casar e ir embora&#8217;. Mas em 2004 a minha mãe começou a participar do Núcleo Feminino da Cooperativa Integrada e descobriu o Núcleo Jovem&#8221;.</p>



<p>A partir de então, a adolescente tímida fez cursos, capacitações e participou de eventos, num movimento importante para que ela desenvolvesse confiança. Incentivada por essas oportunidades, <a href="https://deolhonomercado.rpc.com.br/especiais/2024-07-10-cooperados-oportunidades-qualificacao/">ela faz parte da geração que foi buscar formação longe do campo</a> para, depois, voltar e aplicá-la.</p>



<p>Engenheira agrônoma, passou pelo processo de sucessão em 2015 ao assumir a propriedade que era de um tio, onde atualmente produz milho, soja, mel e morango. E, num momento tão fundamental, mas também bastante sensível, os conhecimentos adquiridos lá nas capacitações da adolescência têm sido essenciais para o trabalho, especialmente no conflito de gerações, já que Ligia trabalha junto do pai e do irmão. &#8220;Uma das coisas que facilitou muito essa conversa com meu pai foi o tanto que fui capacitada sobre gerações nos cursos de jovens. Dentro da cooperativa, nos eventos, falava-se muito sobre esse conflito, sobre pensar e entender a geração anterior e a atual. Isso me ajudou muito, porque, afinal, a gente tem 30 anos de diferença&#8221;, relata.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Mais mulheres no cooperativismo</h2>



<p>Também integrante do Conselho Fiscal da Integrada, Lígia percebe aumento no interesse e na presença das mulheres no cooperativismo. De acordo com a produtora, as divisões de convivência da cooperativa, como os grupos de jovens, sempre foram bem ocupados por mulheres. Por outro lado, quando se tratava da parte técnica ou diretiva, mulheres eram exceção. Essa é uma realidade que vem mudando. Os conselhos têm ficado mais plurais. Ligia, por exemplo, além de mulher, assumiu a cadeira no Conselho Fiscal com 31 anos. </p>



<div class="wp-block-media-text alignwide is-stacked-on-mobile" style="grid-template-columns:25% auto"><figure class="wp-block-media-text__media"><img decoding="async" loading="lazy" width="400" height="400" src="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/07/Imagens-De-Olho-Entrevistados-6.png" alt="" class="wp-image-103904 size-full" srcset="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/07/Imagens-De-Olho-Entrevistados-6.png 400w, https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/07/Imagens-De-Olho-Entrevistados-6-300x300.png 300w, https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/07/Imagens-De-Olho-Entrevistados-6-150x150.png 150w" sizes="(max-width: 400px) 100vw, 400px" /></figure><div class="wp-block-media-text__content">
<p>&#8220;<strong>Fazer parte do Conselho Fiscal foi uma consequência dos &#8216;sim&#8217; que eu disse no passado. A cooperativa me ajudou muito quando eu precisava na parte de desenvolvimento pessoal. Eu era tímida, vivia apenas no meu mundo. E, aos poucos, fui me envolvendo na cooperativa, de uma forma muito natural. Até que em 2017 fiz o curso de formação de conselheiros. Em 2019 fui convidada a participar. Não esperava, imaginava que isso aconteceria mais tarde, a partir dos 40 ou 50 anos. E resolvi tentar. Estamos aí para ajudar</strong>.&#8221;</p>
</div></div>



<p>Márcia também relata percepção parecida, a partir da participação dela no grupo voltado às mulheres do agronegócio, da Coamo Campo Mourão. Na avaliação das produtoras, a presença mais forte das mulheres no agro promove um ambiente mais colaborativo, que valoriza a troca de conhecimentos e experiências. Para ambas, isso tem contribuído para uma mudança cultural significativa, com as mulheres sendo mais reconhecidas e respeitadas.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Veja mais:</h2>



<p><a href="https://www.deolhonomercado.com.br/economia/2024-06-05-mulheres-no-cooperativismo">Crescimento no número de mulheres no cooperativismo promove transformação positiva</a></p>



<p><a href="https://www.deolhonomercado.com.br/especiais/2024-06-10-de-maos-dadas-familias-preparam-novas-geracoes">Famílias preparam novas gerações para seguirem o legado cooperativista no Paraná</a></p>



<p><a href="https://www.deolhonomercado.com.br/especiais/2024-07-10-cooperados-oportunidades-qualificacao">Cooperados paranaenses abraçam oportunidades de aprimoramento e qualificação</a></p>


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