
<p>Os profissionais de enfermagem são parte essencial do setor de saúde. A importância deles pode ser percebida, por exemplo, quando olhamos os quadros de um hospital: são mais da metade do pessoal envolvido no atendimento aos pacientes. Eles são fundamentais para uma prestação de serviços de qualidade. Essa relevância, aliás, é perceptível até mesmo no cooperativismo paranaense.</p>



<p>Entre as 36 cooperativas do ramo de Saúde no estado, está a Cooperativa de Trabalho de Enfermagem do Paraná. Fundada em Curitiba em 2020, a Cooenf é pioneira no segmento específico da enfermagem, sendo a primeira a congregar especialistas da área no estado. Ela reúne hoje 530 cooperados, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, interessados em encarar a profissão de forma inovadora.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Transição para o cooperativismo</h2>



<p>Uma dessas profissionais é a Luciane Vieira Nadal, técnica de enfermagem cooperada há pouco mais de um ano. Atualmente, ela trabalha no segmento de <em>home care</em> (ou assistência domiciliar), mas nos seus quase 20 anos de trajetória profissional esteve majoritariamente dentro de hospitais, como terceirizada no regime CLT. Luciane conta que conheceu o cooperativismo através de colegas. Ela diz que após ingressarem na cooperativa de enfermagem, eles relatavam uma realidade mais vantajosa, tanto em termos financeiros quanto de autonomia.</p>



<p><a href="https://www.deolhonomercado.com.br/especiais/2024-06-03-os-sete-ramos-do-cooperativismo-no-parana">&gt;&gt; Conheça os sete ramos de atuação do cooperativismo</a></p>



<p>“Se você conversar com a maioria dos técnicos de enfermagem, todos têm segundo emprego. Eu às vezes trabalhava todas as noites para suprir as demandas de dentro de casa. Já trabalhei em hospitais ganhando R$ 1.500 para passar 12 horas cuidando de vidas”, rememora. A condição como cooperada, segundo ela, é bem diferente.</p>



<div class="wp-block-media-text alignwide is-stacked-on-mobile" style="grid-template-columns:25% auto"><figure class="wp-block-media-text__media"><img decoding="async" loading="lazy" width="300" height="300" src="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/06/cooenf-luciane-1-300x300.png" alt="" class="wp-image-102995 size-medium" srcset="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/06/cooenf-luciane-1-300x300.png 300w, https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/06/cooenf-luciane-1-150x150.png 150w, https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/06/cooenf-luciane-1.png 400w" sizes="(max-width: 300px) 100vw, 300px" /></figure><div class="wp-block-media-text__content">
<p><strong>“Tem os seus descontos, mas é para nosso próprio benefício. Tem descanso anual e folga remunerados [diferente da prática em empresas de terceirização de serviços, por exemplo], divisão de ganhos, além de autonomia total.”</strong></p>
</div></div>



<p>Essa última característica destacada por ela é uma marca cooperativista: a visão empreendedora. Na avaliação da cooperada, o modelo de atuação permite encarar a profissão de fato como um negócio. Isso significa um ambiente mais flexível e adaptável, com o diferencial de garantia de voz ativa na tomada de decisões e a liberdade para traçar a própria jornada profissional de maneira mais ativa. Na prática, esse formato retira intermediários e abre novas possibilidades.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Valorização profissional e qualidade assistencial</h2>



<p>Presidente fundadora da Cooenf, Quitéria Livanice Antunes afirma que o cooperativismo oferece, justamente, a oportunidade de fazer diferente.</p>



<div class="wp-block-media-text alignwide is-stacked-on-mobile" style="grid-template-columns:25% auto"><figure class="wp-block-media-text__media"><img decoding="async" loading="lazy" width="300" height="300" src="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/06/cooenf-quiteria-300x300.png" alt="" class="wp-image-102987 size-medium" srcset="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/06/cooenf-quiteria-300x300.png 300w, https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/06/cooenf-quiteria-150x150.png 150w, https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/06/cooenf-quiteria.png 400w" sizes="(max-width: 300px) 100vw, 300px" /></figure><div class="wp-block-media-text__content">
<p><strong>“Entre as principais vantagens é o fato de você mudar o modelo mental para ‘sou dono do próprio negócio’. Como cooperado, você está participando da discussão, do planejamento e de como fazer os cuidados junto do tomador de serviço ou da instituição de saúde contratante. Pode fazer a prestação de serviços de uma forma mais autônoma. Eu penso que é uma motivação que impulsiona muito o profissional. Faz dele parte ativa da prestação de serviço. E, assim, o mercado começa a olhar para a profissão com mais valor”.</strong></p>
</div></div>



<p>Outro ponto que o modelo promete melhora é a qualidade assistencial. Para Bruna Bueno, enfermeira e integrante da cooperativa de enfermagem, a mudança de mentalidade com foco na já mencionada visão empreendedora faz toda a diferença nesse sentido. &#8220;Essa questão do olhar de dono, de se responsabilizar pelo trabalho realizado, traz um cenário em que os resultados vêm em prol do coletivo. Tem que dar certo para todos”, resume ela. Deste modo, a enfermeira acredita que o cenário na atuação cooperativista privilegia o interesse em oferecer excelência a fim de garantir satisfação, seja de um cliente direto ou de um tomador de serviço. “Isso vai se refletir diretamente na prestação do serviço”, complementa.</p>


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