Com um mundo cada vez mais digital, a todo o momento dados estão sendo coletados de nós, usuários. De informações básicas a padrões de comportamento, esse amontoado de informações não é em vão. Eles contribuem para aprimorar nossa experiência no uso de sites, aplicativos, jogos, enfim, tudo aquilo que acessamos quando estamos conectados. Mas esse uso de dados não é útil apenas para o momento em que estamos isolados em nossos gadgets. E o varejo não fica fora disso.&nbsp;



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Para o varejo supermercadista, o uso de dados não se resume apenas ao carrinho de compras virtual no site do supermercado. Ele também impacta o varejo físico, que também está mais e mais digitalizado. Contagem de pessoas, análise de tempo de permanência, monitoramento de estoque, passos da jornada e experiência do cliente… as possibilidades são infinitas.&nbsp;Com isso, é possível surpreender e facilitar a vida do cliente.



Para atender essa demanda, houve uma aceleração na digitalização dos negócios. Segundo uma pesquisa da Opinion Box, entre 2020 e 2022, 68% das empresas B2B do Brasil aumentaram o nível de digitalização em suas operações. Ou seja, a maturidade do mercado sobre o tema tem crescido e é uma tendência muito forte para os próximos anos.



Mais do que uma mera tendência, o uso de dados se converte em resultados. De acordo com o relatório global KPMG Global Tech Report 2024, 54% das empresas do setor do varejo tiveram um aumento de ao menos 10% nos lucros como consequência da aplicação de Data &amp; Analytics.



<h2 class="wp-block-heading">Como a indústria e o setor supermercadista brasileiro enxergam o uso de dados?&nbsp;</h2>



Durante a ExpoApras 2025, o De Olho no Mercado conversou com diferentes integrantes do mercado brasileiro. Todos os entrevistados destacaram a relevância dessa perspectiva para a perenidade dos negócios daqui em diante.&nbsp;



Ronie Pires, diretor de Marketing da Rede Condor, destacou que o uso de dados tem que ser direcionado para impactar o consumidor final. “Precisamos entender, primeiramente, qual canal vamos usar, qual conversa melhor com o público, para poder utilizar isso da melhor maneira. Não é fazer por fazer, apenas porque está todo mundo fazendo. O que você precisa é o que o seu cliente precisa, como eu alcanço ele de maneira mais assertiva”, diz.&nbsp;



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Camila Podolak, gerente de Marketing da Porto a Porto, enfatiza a importância de relacionar a coleta de dados dos canais digitais com iniciativas no ponto de venda. “Quando a gente pega a base de clientes e o que temos de informação do perfil dele, fazemos ações específicas já direcionadas no ponto de venda. Por exemplo, pegamos dados de e-mail marketing, newsletter, os punch de SMS, WhatsApp, e acabamos fazendo algumas campanhas bem direcionadas. Isso é fundamental”, afirma.



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Já Rogério de Lorenzo Leal, gerente de Marketing do Sicredi, pontua a importância dos dados para conhecer o cliente e aprimorar o relacionamento. &#8220;Vamos conseguir mapear cada vez mais comportamentos de consumo, se a pessoa compra mais à noite, se ela compra mais no final de semana, se faz mais compras pessoais ou corporativas. E quando eu mapeio todo esse comportamento, eu consigo me antecipar. Consigo lançar promoções mais customizadas, [publicar] no horário correto na rede social, usar um e-mail marketing ou integrar tudo isso pra que a gente chegue antes pro consumidor, com uma oferta cada vez mais assertiva, personalizada, gerando valor nessa cadeia de decisão&#8221;, detalha. &#8220;Mais do que vender apenas um produto, eu estou vendendo uma experiencia &#8211; e normalmente, nós consumidores pagamos mais por experiência do que somente por produtos&#8221;, completa.



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Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar, comentou sobre o potencial do setor e sobre a importância da área de Pesquisa &amp; Desenvolvimento das empresas, que é o que possibilita transformar os dados em novos produtos e soluções ao consumidor final.



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DeOlhoNoMercado, o blog da RPC, Afiliada Globo. Entrevistas e matérias sobre mercado, setores, boas práticas, tendências, comportamento e consumo no Paraná.

Marcas do setor supermercadista apostam no uso de dados para melhorar experiência do cliente e ampliar resultados