Edição 2025 promove iniciativas que valorizam a diversidade, fortalecem o acesso à cultura e posicionam o evento como referência em acessibilidade nas artes cênicas.
Em 2025, o Festival de Teatro de Curitiba fortaleceu seu posicionamento como um evento comprometido com a diversidade e o acesso à cultura. A 33ª edição trouxe uma série de iniciativas voltadas à inclusão de públicos diversos, com foco em acessibilidade comunicacional, acessibilidade física e democratização cultural. As ações contemplaram pessoas com deficiência, comunidades em situação de vulnerabilidade e diferentes perfis de público, consolidando o festival como uma referência em práticas inclusivas no cenário artístico.
Com mais de 26 sessões com audiodescrição e 34 apresentações com interpretação em Libras, o festival estabeleceu novos parâmetros para a acessibilidade comunicacional no país. Todas essas ações aconteceram ao longo dos dias do evento, com presença constante na programação.

“Trabalhamos com a acessibilidade tanto em seu nível arquitetônico, garantindo a acessibilidade física nos espaços para livre acesso e conforto, e garantindo a entrada prioritária a pessoas idosas, gestantes, todos os previstos por lei, assim como pessoas do espectro autista. Na acessibilidade comunicacional temos Libras e audiodescrição todos os dias do festival, onde a comunidade surda e a comunidade com deficiência visual é quem escolhe os espetáculos que assistirão.”
– Siciane Geruntho, produtora executiva do Festival
Representatividade e protagonismo: comunidade surda no centro da programação
Entre as ações de destaque, a Mostra Surda consolidou-se como um espaço de expressão e visibilidade para artistas surdos. Com espetáculos criados, dirigidos e encenados por pessoas surdas, a mostra foi pensada para o público surdo e integrou a programação oficial do festival. A proposta vai além da inclusão: oferece protagonismo a uma comunidade historicamente marginalizada no campo das artes.

“Nós envolvemos as comunidades que fazem uso das acessibilidades comunicacionais no processo de escolha dos espetáculos que terão essas acessibilidades. Além disso, disponibilizamos diversos ingressos a eles também e já em local estratégico na plateia para que consigam ter o melhor tipo de experiência em seu contato com o Festival.”
– Siciane Geruntho
O cuidado com a experiência do público é visível desde a curadoria até o momento da apresentação, passando por toda a infraestrutura dos espaços. A organização do festival reforçou a importância de ouvir as comunidades envolvidas para garantir ações realmente eficazes e relevantes.
Democratização do acesso: cultura como ferramenta de transformação
A democratização cultural também ganhou força na edição de 2025 com a destinação de mais de 5 mil ingressos gratuitos a instituições sociais de Curitiba. O objetivo foi claro: garantir que públicos diversos, muitas vezes distantes dos centros culturais, tivessem a oportunidade de vivenciar o festival.
Além disso, a programação contou com mais de 100 atrações gratuitas, espalhadas por diferentes pontos da cidade, facilitando o acesso da população e descentralizando as atividades culturais. As ações contemplaram desde apresentações ao ar livre até intervenções em comunidades e espaços alternativos.
Essas medidas ampliam o impacto do festival para além das salas de espetáculo, promovendo o acesso à cultura como um direito e fortalecendo a presença das artes cênicas no cotidiano da população.
As iniciativas de acessibilidade e democratização adotadas pelo Festival de Curitiba reforçam sua relevância como plataforma de transformação social e diversidade. Para as marcas e empresas que acompanham o setor cultural, o festival representa uma oportunidade estratégica de associação a valores de inclusão, inovação e responsabilidade social. São ações que conectam arte, propósito e impacto — e que transformam o consumo cultural em uma experiência verdadeiramente coletiva.